segunda-feira, 6 de abril de 2015


Eduardo Cunha e as eleições de 2018

Fala-se muito que a motivação da atual postura oposicionista do PMDB é conseguir cargos e melhorar o seu posicionamento na estrutura do governo federal. Pode ser. Mas também pode ser outra a compreensão do que se passa no partido. Nas últimas eleições foi muito discutido se o PMDB deveria lançar candidato próprio para presidente, e acabou prevalecendo o apoio a outro candidato (a mais de um candidato, diga-se de passagem). Ficou claro na época que havia a promessa de que em 2018 o partido finalmente lançaria uma candidatura própria. A opção de lançar candidato próprio em 2018 precisa ser preparada com antecedência até mesmo para se convencerem o eleitor e a si mesmo de que o PMDB está preparado para a tarefa. Além disso, é melhor se demarcar desde já do Planalto, para não confundir o eleitor nem ser acusado de incoerência.

Quando o presidente da Câmara toma medidas contra o Planalto, ele quer deixar claro que ele não pertence a um partido fisiológico. Sendo independente, pode contar com a certeza do eleitor de que fará um governo diferente do que o que aí está, cuja avaliação positiva é baixíssima. Também pensando na candidatura própria em 2018, o presidente da Câmara diz que o PMDB não está na oposição, mas sim independente, deixando a porta aberta para negociar apoio do PT (pouco provável) ou de partidos da coligação.

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