terça-feira, 23 de setembro de 2014


Fonte Stravinsky

Praça Stravinsky e Fonte Stravinsky é uma dupla homenagem ao grande compositor russo Igor Stravinsky. O monumento lembra a obra musical de Stravinsky. Compositor do século XX, ele é um símbolo do ecletismo e do internacionalismo artístico.

A Fonte Stravinsky, criada conjuntamente por Jean Tinguely et Niki de Saint Phalle em 1983, é generosa em criatividade, com suas dezesseis esculturas animadas que fazem referência às obras do compositor: O Pássaro de Fogo (1910), O Elefante, O Sargento, O Amor, A Vida, A Morte... As máquinas pretas e metálicas contrastam com as formas arredondadas e coloridas (Em tradução livre da Wikipédia).

 
 

sábado, 20 de setembro de 2014


Móbile metálico

No pátio do Centro Pompidou, fazendo parte do acervo do Museu Nacional de Arte Moderna, foi implantada uma arrojada escultura de Alexander Calder, Horizontal (1974). Ele é norte-americano que se dedicou a móbiles de médio e grande porte.


terça-feira, 16 de setembro de 2014


A instalação por fora

Fundado em 1977, o Centro Pompidou é sem dúvida um dos ícones da pós-modernidade na arquitetura. Depois de um intenso debate público sobre o que fazer com o vazio deixado pela transferência para a periferia do centro atacadista de distribuição de alimentos (Les Halles), procurou-se uma mediação entre comércio e cultura. Assim, no gigantesco buraco deixado pela remoção, foi construído um shopping center e o Centro Pompidou. O complexo cultural foi projetado pelos arquitetos Renzo Piano e Richard Rogers que tornaram aparentes as estruturas e os equipamentos do prédio, considerando que esses elementos têm dimensão e volume estéticos. Pelo lado de fora, o Centro Pompidou também pode ser visto como uma instalação.

A crítica mais contundente que se faz à opção pela arquitetura high tech no caso é o fato de o edifício estar localizado no centro de Paris, portador de uma clara unidade arquitetônica, resultado da reforma urbana realizada sob a direção de Haussmann no final do século XIX.

Criticado ou elogiado, o Centro Pompidou, ao lado da torre Eiffel e do Museu do Louvre, é um dos pontos turísticos mais visitado de Paris.
 

sábado, 13 de setembro de 2014


Desventuras de um estudante brasileiro na terra de Descartes

O Centro Pompidou abriga museu, biblioteca e teatro. O autor do blog frequentou assiduamente a biblioteca durante seu doutorado feito na Universidade de Paris. Não sei como é seu funcionamento atual. No final da década de 1970, a informalidade era o diferencial: não havia nenhum controle para a entrada no recinto, você pegava os livros diretamente das estantes, e o chão, com carpete limpo e macio, era a alternativa preferencial para uma leitura confortável. Essas condições colocavam a biblioteca do Centro Pompidou no extremo oposto da Biblioteca da França. Nesta, só doutores tinham acesso (ainda é assim?). Sendo ainda doutorando, tive de mostrar uma carta de apresentação do meu orientador à bibliotecária que negociou comigo quantas vezes eu poderia frequentar a Biblioteca. Pedi, timidamente, quatro acessos e ela, generosamente, me deu dez. Com a autorização em punho, registrei o número da mesa em que ia me sentar e só então estava em condições de iniciar o processo para solicitar o empréstimo do livro que não tinha na Biblioteca do Centro Pompidou, de dinâmica mais recente. O tempo de espera é em torno de três horas e o livro não pode sair da mesa!

Antes de solicitar o livro, tive que ir à área dos fichários. Um labirinto de gavetas, letras e números. Ninguém para ajudar (ajudar doutores?). Fui percorrendo aqueles corredores pasteurizados com cheiro de remédio contra mofo, sem a preocupação de achar o livro que eu precisava, curtindo aquele ambiente seleto e inexpugnável para a maioria dos habitantes do planeta terra. Nenhuma vigilância (vigiar doutores?). De repente, uma pequena placa na entrada de um salão indicava “Manuscritos anteriores a 1830”. Levou o tempo de um relâmpago para eu me lembrar de Descartes e seu Discurso sobre o método. Não olhei para os lados, hipnotizado pela possibilidade de olhar a mesma folha de papel que o filósofo também tinha olhado. Ele olhou e escreveu. Eu iria olhar sua mão escrevendo aquele texto que resiste ao tempo, um texto mais atual do que as notícias do jornal da manhã. Sem tocar, percorria as lombadas em busca da palavra mágica, Descartes.

– O que o senhor está procurando??

Ela tinha uma expressão preocupada e, ao mesmo tempo, assustada. Percebi que nem doutores podiam entrar naquele templo. Rapidamente assumi a postura de doutor que tinha esquecido a bússola no Brasil e mostrei a ficha com o nome do autor e título do livro, faltando preencher o número de indexação. Ela ficou visivelmente aliviada, achou graça de eu estar procurando um livro impresso no início do século vinte na sala dos manuscritos antigos. Talvez por gentileza, talvez para me tirar definitivamente dali, ela achou com facilidade o número que eu procurava e me acompanhou até o saguão, sempre simpática.

Dei entrada no pedido e, na impossibilidade de manusear os manuscritos de Descartes, fui ler o Le Monde, porque o livro que eu queria só viria dali a três horas...

quinta-feira, 11 de setembro de 2014


Uma imensa instalação interativa

Saindo do Museu, mas ainda dentro do Centro Pompidou, pode-se ver o salão de entrada, que mais parece uma imensa instalação interativa, onde a gente compra o bilhete de entrada para o Museu e guarda a mochila. Também pode sentar no chão, tirar foto, se informar ou simplesmente ficar curtindo o ambiente, quer dizer, a instalação.

terça-feira, 9 de setembro de 2014


Cravo-da-índia, cominho, pimenta, açafrão...

Líder da cena artística brasileira, Ernesto Neto é celebrado no mundo inteiro por suas imponentes esculturas-instalações que se caracterizam por seus elementos olfativos e tácteis. Toda sua obra convida a uma participação sensorial.

We stopped just here at the time é assim constituída de uma tela pendurada no teto, feita de tecido flexível e transparente, em que certas partes são preenchidas de especiarias e condimentos de cores quentes que caem como cachos. Se as diversas especiarias (cravo-da-índia, cominho, pimenta, açafrão...) preenchem e estruturam as formas dessa escultura, elas lhe conferem também sua dimensão de instalação multissensorial. Essas formas voluptuosas, as cores vivas e os odores emitidos fazem apelo à visão e ao olfato. Elas convidam o visitante a ir além da hierarquia da percepção que convenciona colocar o olhar em primeiro plano (Museu de Arte Moderna de Paris, janeiro de 2013).

Ernesto Neto, We stopped just here at the time (2002)

domingo, 7 de setembro de 2014


Eternamente Olímpia

Com Eu gosto de Olímpia com o rosto negro, o artista americano Larry Rivers reexamina um dos ícones da história da arte: Olímpia de Édouard Manet. Com sua bricolagem de formas e de objetos, esta obra se inscreve mais na tradição da colagem e da montagem do que na Pop arte, então dominante nos Estados-Unidos.

Rivers compartilha com Manet um mesmo raciocínio de provocação e, quando ele realiza esta obra, ela se vê denunciada como vazia e sem fundamento, como se ele denunciasse Olímpia de ser banal e vulgar. Eu gosto de Olímpia com o rosto negro é entretanto uma obra engajada: produzida em1970, em um clima político efervescente, ela lembra o problema da segregação e denuncia por meio de uma dupla oposição dos personagens representados – mestre-escravo, Negro-Branco – a arbitrariedade das condições sociais dos afro-americanos (Museu de Arte Moderna de Paris, janeiro de 2013).

Larry Rivers, Eu gosto de Olímpia com o rosto negro (1970)

sexta-feira, 5 de setembro de 2014


Telefone?

Marta Pan (1923-2008) é artista francesa de origem húngara que, com muita criatividade, sempre buscou novas formas, materiais e ambientes para suas esculturas.

Teca, nome comum de origem no sânscrito da Tectona grandis, é uma árvore de grande porte e grande importância econômica em todo o mundo por sua madeira de qualidade, de cor clara e duradoura (Wikipédia).

Lembrança do Centro Pompidou, janeiro de 2013.

Marta Pan, A teca (Le teck) (1956)

segunda-feira, 1 de setembro de 2014


Quadrados artísticos

François Morellet, nascido em 1926, é artista contemporâneo francês: pintor, gravurista, escultor e artista light. Seus primeiros trabalhos prefiguraram a arte minimalista e a arte conceitual. Ele teve um papel importante no desenvolvimento da arte abstrata geométrica (Wikipédia).

Lembrança do Centro Pompidou, janeiro de 2013.

François Morellet, Superposição e transparência (1980)