domingo, 31 de agosto de 2014


O expressionismo de Munch

O pintor norueguês Edvard Munch é um dos mais destacados representantes do expressionismo. Sua obra mais conhecida é O Grito, que ele realizou em quatro versões. A que se encontra na Galeria Nacional, em Oslo, é de 1893.

O expressionismo é, sob certo ponto de vista, uma reação ao impressionismo. Segundo a corrente adotada por Munch, mais importante do que registrar as impressões que a mente capta de uma determinada realidade é mostrar uma expressão, mesmo que subjetiva, dessa realidade. Foi um movimento que conviveu com um triste momento da história da humanidade, visto que ele atravessou as duas guerras mundiais, período de violência, sofrimento e desespero. Operários saindo da fábrica é um típico exemplo dessa corrente.

Lembrança do Centro Pompidou, dezembro de 2011.

Edvard Munch, Operários saindo da fábrica (1913-1915)

sexta-feira, 29 de agosto de 2014


Uma poltrona para não sentar

“Obra frágil, não tocar”

Lembrança do Centro Pompidou, dezembro de 2011.

Pierre Paulin, Poltrona Ribbon Chair 582 (1966)

quarta-feira, 27 de agosto de 2014


Retrato sem rosto

Julian Schnabel (Nova Iorque, 1951) é um pintor e diretor de cinema norte-americano. Considerado um dos mais originais da sua geração, integra-se no movimento do neoexpressionismo e está representado em alguns dos principais museus do mundo (Wikipédia, 24/08/2014).

Lembrança do Centro Pompidou, dezembro de 2011.

Julian Schnabel, Retrato de J.S. em Hakodate (1983)

Detalhe da mão

segunda-feira, 25 de agosto de 2014


Manta real

Em 1990, na Bienal de Veneza, onde ele representa a África, Anatsui ganha reconhecimento internacional. Sua arte, absorvendo ao mesmo tempo a modernidade e a tradição, afirmou-se como uma das mais significativas do continente africano. A reciclagem é um de seus temas centrais.

Na série dos grandes tecidos à qual pertence Sasa, o artista utiliza cápsulas de garrafas, cuidadosamente reunidas com fios de cobre. Essa obra monumental, que pode ser apresentada em diferentes posições, está relacionada à tecelagem, à vestimenta, à pintura e à escultura. As cápsulas de garrafas importadas falam das relações entre a África e o Ocidente, concorrendo para uma bela composição, semelhante a uma tapeçaria ou a uma manta real (Museu de Arte Moderna de Paris, dezembro de 2011).

El Anatsui, Sasa (Manta) (2004)

sábado, 23 de agosto de 2014


O que é arte?

De repente estava diante de divisórias portáteis, abandonadas organizadamente em um corredor sem movimento. Apontando as divisórias, perguntei a um dos incontáveis e onipresentes vigilantes do Museu:

– Quem é o autor da obra?

– Não está em exposição...

– Mas podia estar. É um belo conjunto!

Meio sem saber se eu falava a sério ou se eu estava com a percepção artística avariada, ele saiu de fininho.

Lembrança do Centro Pompidou, dezembro de 2011.   

 
Divisórias portáteis? Instalação?

terça-feira, 19 de agosto de 2014


A sofisticação do Centro Pompidou

O autor do blog procurando um toalete no Centro Pompidou (meio perdido?).

Lembrança do Centro Pompidou, dezembro de 2011.

Mããããe... cadê o banheiro???

domingo, 17 de agosto de 2014


O azul de Miró

Formidável mudança operada por Miró, no outono de 1924, com a primeira pintura monocromo azul, Banhista, e logo depois com A Sesta, ainda mais elíptica: os numerosos motivos gráficos das telas precedentes constituem agora seu motivo. A cor azul do fundo – esse azul caro a Miró, o azul do céu e da água misturados (a cena aludida na Sesta se passa à beira-mar) – é, a partir de então, para ele, a “cor de seus sonhos”.

Por sua flutuação leitosa, ele evoca, na Sesta, a agitação e a incerteza, e por sua consistência cremosa, a volúpia dessa hora de abandono.

Miró inventa um espaço de palpitação visual e poética, cuja plasticidade em movimento é exacerbada pela precisão das inscrições negras – letras, linhas, pontos – atenciosamente caligrafadas e colocadas como em uma partitura musical. Trata-se de um “campo magnético”, quer dizer, de uma cartografia natural, liberada de todo constrangimento descritivo e racional, e onde se movem, entrando em enigmática fusão, os resíduos de uma realidade esquecida (Extrato, em tradução livre, do catálogo Coleção Arte Moderna, Museu Nacional de Arte Moderna, Centro Pompidou, Paris, 2007).

Miró, A Sesta (1925) (detalhe)

sexta-feira, 15 de agosto de 2014


Diversidade e unidade com retas e círculos

Lembrança do Centro Pompidou, dezembro de 2011.

Fernand Léger, Composição com mão e chapéus (1927)

quarta-feira, 13 de agosto de 2014


Nu em pé

Lembrança do Centro Pompidou, dezembro de 2011.

André Derain, Nu em pé (1907)

segunda-feira, 11 de agosto de 2014


As cores quentes de André Derain

Autodidata e precoce – começou a pintar com quinze anos –, André Derain (1880-1954) manifestou sua arte em diversos campos: pintura, xilogravura, escultura, cerâmica, cenários e figurinos para teatro e ilustração de livros. Em sua juventude, adotou o fauvismo com características bem pessoais, utilizando cores quentes e harmônicas. Mais tarde, abraçou o cubismo, para melhor expor as suas ideias.

Lembrança do Centro Pompidou, dezembro de 2011.

André Derain, As duas embarcações (1906)

sábado, 9 de agosto de 2014


Volume e leveza na obra de Fernand Léger

Terminada em 1939, Composição com dois papagaios foi preparada desde 1933 por meio de uma série de estudos, onde aparecem a maioria de seus elementos. Ela se apresenta como uma verdadeira muralha de pintura. Sobre o imenso retângulo, motivos mais ou menos abstratos e figuras gigantes se distribuem harmoniosamente: ao centro, uma pirâmide composta de uma figura feminina agachada carregando uma acróbata; à esquerda, um casal, o homem de pé com veste de banho, a mulher em volta e sobre ele; à direita, a combinação da escada e da corda, já percebida na Composição com três figuras (1932). O volume dos personagens não exclui uma impressão geral de leveza.

Considerada por Léger como uma de suas obras mais bem feitas, Composição com dois papagaios foi enviada a Nova York durante a guerra. Léger fez ela voltar a Paris e ofereceu-a ao Museu em 1953 (Museu de Arte Moderna de Paris, dezembro de 2011).

Fernand Léger, Composição com dois papagaios (1935-1939)

quinta-feira, 7 de agosto de 2014


Quando a dobra da mesa encontra o cruzamento dos tacos

Em Braque, cada quadro absorve uma parte diferente de elementos frequentemente recorrentes, particularmente quando, depois da guerra, ele desenvolve verdadeiras séries. Na dos sete “Bilhares” (1944-1952), o retângulo verde – o tapete – é observado de todos os pontos de vista possíveis, envolvendo o espectador no movimento do jogo. Ele é feito de uma substância ao mesmo tempo áspera e suave, uma mistura de areia, com uma consistência pictórica equivalente à do feltro da mesa de bilhar.

Visto em diagonal, quebrado em dois, o bilhar vem ao encontro do espectador, em um rebatimento cativante. Um vaso e uma janela truncada distraem ligeiramente o olhar do que se passa em primeiro plano: sobre a linha vertical da dobra encontra-se o ponto onde se cruzam duas hastes marrons, os dois tacos de bilhar. Essa tela valeu para Braque a conquista do primeiro prêmio de pintura na 24ª Bienal de Veneza em 1948 (Museu de Arte Moderna de Paris, dezembro de 2011).


Georges Braque, O bilhar (1944) (detalhe)
  
Observação. Os textos publicados em itálico, com a referência no final, são de autoria do Museu de Arte Moderna de Paris, sendo de responsabilidade do blog somente a seleção do material e a tradução para o português.



terça-feira, 5 de agosto de 2014


Uma experiência poética e física

Zilvinas Kempinas experimenta as possibilidades do movimento em suas esculturas, que se singularizam pela utilização frequente de um material inesperado, pouco caro e em vias de desaparecimento: as fitas magnéticas de áudio ou vídeo cassete. Ele utiliza esse material por seu caráter flexível, leve, brilhante, mas também pela fragilidade da memória sonora e visual que ele contém.

O artista nunca faz alusão ao conteúdo das fitas utilizadas; mas ele se ocupa da relação da escultura com o espectador e o espaço de exposição, na perspectiva dos movimentos da arte cinética. O ar vem fazer oscilar as linhas da fita magnética. Os atritos, os sons hipnóticos, os reflexos e os jogos de sombra parecem dirigidos por forças invisíveis e nos fazem viver uma experiência poética e física (Centro Pompidou, dezembro de 2011).


Zilvinas Kempinas, Fluxo (2009)

 
 
Observação. Os textos publicados em itálico, com a referência no final, são de autoria do Museu de Arte Moderna de Paris, sendo de responsabilidade do blog somente a seleção do material e a tradução para o português.

domingo, 3 de agosto de 2014


Cerca de arame também é arte!

Demakersvan (literalmente “aquele que fabrica”) é um coletivo de três designers: Jeroen Verhoeven, seu irmão Joep Verhoeven e Judith de Graauw.

Eles trabalharam essa obra, que simula uma cerca de arame, no atelier deles em Roterdam. Feita com fio de aço galvanizado, a Cerca de trança foi realizada com o auxílio de máquina comandada por computador.

Lembrança do Centro Pompidou, dezembro de 2011.

Demakersvan, Painel Cerca de trança (2007)

Demakersvan, Painel Cerca de trança (2007) (detalhe)

Observação. Os textos publicados em itálico, com a referência no final, são de autoria do Museu de Arte Moderna de Paris, sendo de minha responsabilidade somente a seleção e a tradução. Os textos sem itálico são de minha autoria.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014


Urgência

Wolfgang Tillmans é fotógrafo de arte. Nascido em 1968 na Alemanha, ele se interroga sobre os fundamentos da fotografia. Já ganhou vários prêmios europeus.

Lembrança do Centro Pompidou, dezembro de 2011.

Wolfgang Tillmans, Urgência XVIII (2006). Detalhe