terça-feira, 7 de abril de 2015


As motivações de Eduardo Cunha e a desmotivação de Dilma
É tema recorrente nas análises políticas a motivação do Eduardo Cunha para se colocar na oposição ao Planalto (ou em uma postura independente, como ele diz). No post de ontem, adiantei a hipótese de ele estar preparando o PMDB para concorrer à presidência em 2018. Já me falaram que não é bem isso, mas que ele usa a posição para ocupar a mídia com notícias positivas do Congresso e de sua presidência, com o intuito de abafar a divulgação das notícias sobre seu envolvimento na Lava Jato.
Hoje leio que Lula quer que Dilma reformule seu ministério para pôr fim a seu desentendimento rotineiro com o PMDB. Se a articulação política fosse dada ao partido de Eduardo Cunha, estaria aberto o caminho para um novo período de cooperação, tão importante para a votação das medidas econômicas que virão brevemente à pauta do Congresso.
No entendimento de Lula, se Dilma chegar a um entendimento com a cúpula do Congresso (vale dizer, com a cúpula do PMDB), a crise econômica poderá ser resolvida. Lula se esquece de que Dilma é refratária a discussão política, a composições, a acordos. Ela não sabe e não gosta de fazer política. Totalmente desmotivada para a ação política. Exemplo claro é ela, em vez de sair em campo para convencer ou pelo menos tentar convencer a opinião pública de que as medidas de ajuste fiscal são necessárias, ela determinou o lançamento de uma campanha publicitária nesse sentido. Para Dilma, a política não existe ou não é necessária. Importante é convencer. Então é só fazer propaganda!

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