terça-feira, 7 de janeiro de 2014


Brasileiro é sempre bem-vindo

Deixei o hotel às nove horas pra chegar cedo à Gare Montparnasse, onde tomei um trem em direção à Bordeaux, conexão pra Sarlat. Fazendo a reserva na véspera, não consegui hotel em Montignac, que é a cidade mais próxima da Gruta de Lascaux. Depois de muitas horas de viagem, já na estação de Sarlat, estava mais tonto do que fraco. Não consegui nada com a primeira pessoa a quem perguntei pelo hotel. Depois de levar um susto (será que eu já estou assustador, perguntei a mim mesmo antes de repetir que eu estava procurando o Renoir), a senhora que devia ter uns cinquenta anos e tinha chegado no mesmo trem me disse que não era longe, mas com mala e chuva ficava longe.

- Mas deve ter um táxi por aqui...

- Vai ser difícil encontrar um táxi...

Estiquei o pescoço para fora da estação e não vi nada interessante.

- De onde você é?

- Sou brasileiro. Estou longe de casa. Vim visitar a gruta de Lascaux...

- Ah, brasileiro... Eu estou de carro, levo o senhor lá no hotel.

- Uaoul!!! Não sei como agradecer...

- Não tem nada que agradecer!

Um comentário:

  1. Saudades das suas aulas! É muito bom poder conhecer o que estudamos em livros, é um saber autêntico e nele podemos compreender/sentir a expressão do artista.

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