sexta-feira, 27 de março de 2015


Ela só nomeia quando há retorno político

Muitos cargos que dependem de indicação do Planalto estão desocupados. Além das vagas não preenchidas no Ministério Público e nas agências reguladoras, são duas vagas abertas no Tribunal Superior Eleitoral, 12 nos Tribunais Regionais Eleitorais e, a mais falada delas, a vaga no STF, sem ocupante desde a saída de Joaquim Barbosa (oito meses). Só para efeito de comparação, lembro que a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República ficou vaga por DOIS DIAS. Traumann deixou o ministério nesta quarta-feira (25) e Edinho aceitou o convite para ocupar o cargo na manhã desta sexta (27).

Eu me pergunto por que ela é tão ágil em nomear ministro e tão lerda na nomeação desses cargos necessários ao bom funcionamento da República. Penso se isso decorre de ela não ser estadista, mas gerente e, por isso, super-ocupada com afazeres domésticos, sem tempo para outras atividades. Penso se isso decorre da falta de controle sobre esses cargos fora do executivo: tão logo a nomeação é efetivada, o nomeado perde o vínculo funcional com o executivo. É uma relação diferente da que existe no executivo, onde ela pode exercer a costumeira prática de vigiar e punir. Penso se isso decorre de esses cargos não darem retorno político/popularidade, como é o caso das nomeações para o primeiro, segundo e terceiro escalões do executivo.

O PMDB descobriu outro motivo para exercer a independência do Congresso (ou para criar caso com o Planalto, não sei). Vai propor ao Congresso a definição de prazos para preenchimento das vagas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário