sábado, 28 de junho de 2014


Além da arte cinética, o movimento

O artista suíço Jean Tinguely chega à Paris em 1953, em um clima em que se opõem arte abstrata e arte figurativa. Se a arte cinética, que emerge nessa época, produz pinturas abstratas onde o campo visual se modifica com deslocamento do espectador, Tinguely decide integrar o movimento em suas obras.

Em 1967, ele realiza essa escultura monumental para a Exposição Universal de Montreal. Tinguely procura produzir “uma ligação entre a forma, seu aspecto e os movimentos”.

Essa unidade estética é conduzida aqui por um único motor elétrico que anima a imponente engrenagem do Réquiem para uma folha morta.

O título faz alusão a uma composição musical cuja origem seria a minúscula folha branca rodopiante, largada na extrema direita da escultura: um réquiem em que as sonoridades seriam as da indústria do Mundo (Centro Pompidou, Coleções Contemporâneas, dezembro de 2013).

Jean Tinguely, Réquiem para uma folha morta (1967)

Detalhe da folha

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