terça-feira, 5 de agosto de 2014


Uma experiência poética e física

Zilvinas Kempinas experimenta as possibilidades do movimento em suas esculturas, que se singularizam pela utilização frequente de um material inesperado, pouco caro e em vias de desaparecimento: as fitas magnéticas de áudio ou vídeo cassete. Ele utiliza esse material por seu caráter flexível, leve, brilhante, mas também pela fragilidade da memória sonora e visual que ele contém.

O artista nunca faz alusão ao conteúdo das fitas utilizadas; mas ele se ocupa da relação da escultura com o espectador e o espaço de exposição, na perspectiva dos movimentos da arte cinética. O ar vem fazer oscilar as linhas da fita magnética. Os atritos, os sons hipnóticos, os reflexos e os jogos de sombra parecem dirigidos por forças invisíveis e nos fazem viver uma experiência poética e física (Centro Pompidou, dezembro de 2011).


Zilvinas Kempinas, Fluxo (2009)

 
 
Observação. Os textos publicados em itálico, com a referência no final, são de autoria do Museu de Arte Moderna de Paris, sendo de responsabilidade do blog somente a seleção do material e a tradução para o português.

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