Eduardo
Cunha e as eleições de 2018
Fala-se
muito que a motivação da atual postura oposicionista do PMDB é conseguir cargos
e melhorar o seu posicionamento na estrutura do governo federal. Pode ser. Mas também pode
ser outra a compreensão do que se passa no partido. Nas últimas eleições foi
muito discutido se o PMDB deveria lançar candidato próprio para presidente, e
acabou prevalecendo o apoio a outro candidato (a mais de um candidato, diga-se
de passagem). Ficou claro na época que havia a promessa de que em 2018 o partido
finalmente lançaria uma candidatura própria. A opção de lançar candidato
próprio em 2018 precisa ser preparada com antecedência até mesmo para se convencerem
o eleitor e a si mesmo de que o PMDB está preparado para a tarefa. Além disso,
é melhor se demarcar desde já do Planalto, para não confundir o eleitor nem ser
acusado de incoerência.
Quando
o presidente da Câmara toma medidas contra o Planalto, ele quer deixar claro
que ele não pertence a um partido fisiológico. Sendo independente, pode contar
com a certeza do eleitor de que fará um governo diferente do que o que aí está,
cuja avaliação positiva é baixíssima. Também pensando na candidatura própria em
2018, o presidente da Câmara diz que o PMDB não está na oposição, mas sim independente,
deixando a porta aberta para negociar apoio do PT (pouco provável) ou de
partidos da coligação.
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