As
motivações de Eduardo Cunha e a desmotivação de Dilma
É
tema recorrente nas análises políticas a motivação do Eduardo Cunha para se
colocar na oposição ao Planalto (ou em uma postura independente, como ele diz).
No post de ontem, adiantei a hipótese de ele estar preparando o PMDB para
concorrer à presidência em 2018. Já me falaram que não é bem isso, mas que ele
usa a posição para ocupar a mídia com notícias positivas do Congresso e de sua
presidência, com o intuito de abafar a divulgação das notícias sobre seu envolvimento
na Lava Jato.
Hoje
leio que Lula quer que Dilma reformule seu ministério para pôr fim a seu
desentendimento rotineiro com o PMDB. Se a articulação política fosse dada ao
partido de Eduardo Cunha, estaria aberto o caminho para um novo período de cooperação,
tão importante para a votação das medidas econômicas que virão brevemente à
pauta do Congresso.
No
entendimento de Lula, se Dilma chegar a um entendimento com a cúpula do
Congresso (vale dizer, com a cúpula do PMDB), a crise econômica poderá ser
resolvida. Lula se esquece de que Dilma é refratária a discussão política, a
composições, a acordos. Ela não sabe e não gosta de fazer política. Totalmente
desmotivada para a ação política. Exemplo claro é ela, em vez de sair em campo
para convencer ou pelo menos tentar convencer a opinião pública de que as
medidas de ajuste fiscal são necessárias, ela determinou o lançamento de uma
campanha publicitária nesse sentido. Para Dilma, a política não existe ou não é
necessária. Importante é convencer. Então é só fazer propaganda!
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