Brasileiro é sempre bem-vindo
Deixei o hotel
às nove horas pra chegar cedo à Gare Montparnasse, onde tomei um trem em
direção à Bordeaux, conexão pra Sarlat. Fazendo a reserva na véspera, não
consegui hotel em Montignac, que é a cidade mais próxima da Gruta de Lascaux.
Depois de muitas horas de viagem, já na estação de Sarlat, estava mais tonto do
que fraco. Não consegui nada com a primeira pessoa a quem perguntei pelo hotel.
Depois de levar um susto (será que eu já estou assustador, perguntei a mim
mesmo antes de repetir que eu estava procurando o Renoir), a senhora que devia
ter uns cinquenta anos e tinha chegado no mesmo trem me disse que não era
longe, mas com mala e chuva ficava longe.
- Mas deve ter
um táxi por aqui...
- Vai ser
difícil encontrar um táxi...
Estiquei o
pescoço para fora da estação e não vi nada interessante.
- De onde você
é?
- Sou
brasileiro. Estou longe de casa. Vim visitar a gruta de Lascaux...
- Ah,
brasileiro... Eu estou de carro, levo o senhor lá no hotel.
- Uaoul!!! Não
sei como agradecer...
- Não tem nada
que agradecer!
Saudades das suas aulas! É muito bom poder conhecer o que estudamos em livros, é um saber autêntico e nele podemos compreender/sentir a expressão do artista.
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