A primavera do Renascimento: a escultura e as artes em
Florença (1400-1460)
Pensei em
dedicar o dia ao Louvre. Quando cheguei lá, percebi que essa também foi a opção
de centenas de pessoas. A fila pra passar pelo controle de segurança, com
raio-x semelhante ao dos aeroportos, percorria todo o pátio interno do Louvre e
avançava sobre a calçada externa do palácio. Aproximei-me de um segurança e
perguntei se, com a minha idade, eu teria direito a evitar a fila. Ele me
mostrou o caminho, que eu percorri com passadas largas. Não pude evitar a fila
da compra de ingresso, bem mais curta, porque são cerca de 20 guichês. Escolhi
visitar somente a exposição sobre a escultura renascentista de Florença. Foi
uma boa escolha. Lembrei-me do ano passado, quando tive a oportunidade de ficar
desbundado com Florença. Excelente síntese, esta exposição do Louvre, em que,
sempre que possível, havia um trabalho do período clássico – grego ou romano –
que teria inspirado o artista do Renascimento. Pena que não se pode fotografar
nada. Nem mesmo cartaz explicativo.
Logo na
entrada, duas cabeças de cavalo (uma do período clássico e outra renascentista)
mostram a tônica do re-nascimento. Entretanto, de um modo geral, a escultura do
período mantém a temática religiosa medieval, apesar de dar um tratamento mais
humano às figuras. Bruneleschi brilha nos salões da exposição, refletindo a
ousadia com que ele pensou o espaço construído na época.
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