A vacância da alma
Dormir, sonhar talvez.
A ideia de sono no Renascimento torna-se clara graças ao conceito de vacatio animae, ou ‘vacância da alma’, elaborado por Marsite Ficin, tomando Platão como referência.
No Timeu, o filósofo escreve que a inspiração surge nos momentos de despossessão do sujeito, caracterizados pela perda de razão.
Precisando e enriquecendo essa ideia na sua Teologia platônica (1482), Ficin explica que é possível à alma, mediadora entre o corpo e o mundo, se libertar temporariamente da servidão da matéria: a ocasião para isso é fornecida, sobretudo, pelo sono e pela melancolia.
A ideia de sono no Renascimento torna-se clara graças ao conceito de vacatio animae, ou ‘vacância da alma’, elaborado por Marsite Ficin, tomando Platão como referência.
No Timeu, o filósofo escreve que a inspiração surge nos momentos de despossessão do sujeito, caracterizados pela perda de razão.
Precisando e enriquecendo essa ideia na sua Teologia platônica (1482), Ficin explica que é possível à alma, mediadora entre o corpo e o mundo, se libertar temporariamente da servidão da matéria: a ocasião para isso é fornecida, sobretudo, pelo sono e pela melancolia.
Destacada mais ou menos completamente do corpo, a alma
de certas pessoas adormecidas pode elevar-se em direção a um princípio superior
e divino; ela alcança o estado profético, tanto quanto a inspiração poética.
Essa concepção do sono não é, evidentemente, a única admitida no século XVI, mas ela influenciou numerosos artistas.
Assim, a pintura renascentista multiplicou as imagens de pessoas que dormem, inserindo-os em um contexto mitológico ou cristão (Museu do Luxemburgo, O Renascimento e o sonho).
Essa concepção do sono não é, evidentemente, a única admitida no século XVI, mas ela influenciou numerosos artistas.
Assim, a pintura renascentista multiplicou as imagens de pessoas que dormem, inserindo-os em um contexto mitológico ou cristão (Museu do Luxemburgo, O Renascimento e o sonho).
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