Ela só
nomeia quando há retorno político
Muitos
cargos que dependem de indicação do Planalto estão desocupados. Além das vagas
não preenchidas no Ministério Público e nas agências reguladoras, são duas
vagas abertas no Tribunal Superior Eleitoral, 12 nos Tribunais Regionais
Eleitorais e, a mais falada delas, a vaga no STF, sem ocupante desde a saída de
Joaquim Barbosa (oito meses). Só para efeito de comparação, lembro que a Secretaria
de Comunicação Social da Presidência da República ficou vaga por DOIS DIAS. Traumann
deixou o ministério nesta
quarta-feira (25) e Edinho aceitou o convite para ocupar o cargo na manhã desta
sexta (27).
Eu
me pergunto por que ela é tão ágil em nomear ministro e tão lerda na nomeação
desses cargos necessários ao bom funcionamento da República. Penso se isso
decorre de ela não ser estadista, mas gerente e, por isso, super-ocupada com
afazeres domésticos, sem tempo para outras atividades. Penso se isso decorre da
falta de controle sobre esses cargos fora do executivo: tão logo a nomeação é
efetivada, o nomeado perde o vínculo funcional com o executivo. É uma relação
diferente da que existe no executivo, onde ela pode exercer a costumeira
prática de vigiar e punir. Penso se isso decorre de esses cargos não darem
retorno político/popularidade, como é o caso das nomeações para o primeiro,
segundo e terceiro escalões do executivo.
O
PMDB descobriu outro motivo para exercer a independência do Congresso (ou para
criar caso com o Planalto, não sei). Vai propor ao Congresso a definição de
prazos para preenchimento das vagas.
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