Uma experiência poética e física
Zilvinas Kempinas experimenta as possibilidades do
movimento em suas esculturas, que se singularizam pela utilização frequente de
um material inesperado, pouco caro e em vias de desaparecimento: as fitas
magnéticas de áudio ou vídeo cassete. Ele utiliza esse material por seu caráter
flexível, leve, brilhante, mas também pela fragilidade da memória sonora e
visual que ele contém.
O artista nunca faz alusão ao conteúdo das fitas
utilizadas; mas ele se ocupa da relação da escultura com o espectador e o
espaço de exposição, na perspectiva dos movimentos da arte cinética. O ar vem
fazer oscilar as linhas da fita magnética. Os atritos, os sons hipnóticos, os
reflexos e os jogos de sombra parecem dirigidos por forças invisíveis e nos
fazem viver uma experiência poética e física (Centro Pompidou, dezembro de 2011).
Zilvinas Kempinas, Fluxo (2009) |
Observação.
Os textos publicados em itálico, com a referência no final, são de autoria do
Museu de Arte Moderna de Paris, sendo de responsabilidade do blog somente a
seleção do material e a tradução para o português.
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