Além da arte cinética, o movimento
O artista suíço Jean Tinguely chega à Paris em 1953,
em um clima em que se opõem arte abstrata e arte figurativa. Se a arte
cinética, que emerge nessa época, produz pinturas abstratas onde o campo visual
se modifica com deslocamento do espectador, Tinguely decide integrar o
movimento em suas obras.
Em 1967, ele realiza essa escultura monumental para a
Exposição Universal de Montreal. Tinguely procura produzir “uma ligação entre a
forma, seu aspecto e os movimentos”.
Essa unidade estética é conduzida aqui por um único
motor elétrico que anima a imponente engrenagem do Réquiem para uma folha morta.
O título faz alusão a uma composição musical cuja
origem seria a minúscula folha branca rodopiante, largada na extrema direita da
escultura: um réquiem em que as sonoridades seriam as da indústria do Mundo (Centro Pompidou, Coleções Contemporâneas, dezembro
de 2013).
Jean Tinguely, Réquiem para uma folha morta (1967) |
Detalhe da folha |
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