Eternamente Olímpia
Com Eu gosto de
Olímpia com o rosto negro, o artista americano Larry Rivers reexamina um
dos ícones da história da arte: Olímpia
de Édouard Manet. Com sua bricolagem de formas e de objetos, esta obra se
inscreve mais na tradição da colagem e da montagem do que na Pop arte, então
dominante nos Estados-Unidos.
Rivers compartilha com Manet um mesmo raciocínio de
provocação e, quando ele realiza esta obra, ela se vê denunciada como vazia e
sem fundamento, como se ele denunciasse Olímpia
de ser banal e vulgar. Eu gosto de
Olímpia com o rosto negro é entretanto uma obra engajada: produzida em1970,
em um clima político efervescente, ela lembra o problema da segregação e
denuncia por meio de uma dupla oposição dos personagens representados –
mestre-escravo, Negro-Branco – a arbitrariedade das condições sociais dos
afro-americanos (Museu de Arte
Moderna de Paris, janeiro de 2013).
Larry Rivers, Eu gosto de Olímpia com o rosto negro (1970) |
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